
Dra Mariana Scaranti, Líder Nacional da Oncoginecologia na DASA, apresenta os resultados do estudo DUO-E apresentado no SGO 2025.
O estudo DUO-E, que avaliou pacientes com câncer de endométrio avançado e candidatas a uma primeira linha de tratamento sistêmico, demonstrou resultados significativos ao comparar três abordagens terapêuticas. As pacientes foram randomizadas para os grupos de CarboTaxol, CarboTaxol + Durvalumabe, seguido de Durvalumabe em manutenção e CarboTaxol + Durvalumabe, seguido de Olaparibe em manutenção. O objetivo primário foi comparar a sobrevida livre de progressão (PFS) entre esses braços (1x2 e 1x3). O estudo atingiu seus endpoints primários, mostrando um aumento significativo de PFS com a adição de Durvalumabe ou Durvalumabe-olaparibe. Dra. Mariana comenta que os resultados são promissores, especialmente com a combinação de Durvalumabe e Olaparibe, que demonstrou um impacto substancial na evolução da doença.
Ao analisar a população com proficiência para enzimas de reparo (população proficient), a especialista também observa que a imunoterapia com Durvalumabe trouxe um benefício substancial, enquanto a adição de Olaparibe não apresentou resultados significativos para este grupo. No entanto, Dra. Mariana explica que, ao se explorar a combinação de Durvalumabe com Olaparibe, foi identificado um benefício adicional em termos de PFS para a população proficient, sugerindo um efeito complementar entre as duas terapias. O estudo também apresentou dados de biomarcadores dentro dessa população, revelando que 84% das pacientes eram positivas para um ou mais biomarcadores, sendo os mais prevalentes a expressão de PD-L1 e mutações no gene TP53.
Uma análise de biomarcadores ainda mais detalhada foi realizada para identificar quais subgrupos poderiam se beneficiar mais da combinação de Durvalumabe e Olaparibe. A especialista também destaca que, para 85% das pacientes proficientes, foram analisados biomarcadores como histologia, expressão de PD-L1, mutação em Poli, mutação em TP53, além de um painel de deficiência de recombinação homóloga e sequenciamento dos genes envolvidos na via de BRCA. A detecção de DNA tumoral circulante (CT-DNA) em 79% das 284 pacientes avaliadas revelou uma positividade significativa para o CT-DNA, independentemente do subgrupo molecular analisado, incluindo aqueles com PD-L1 positivo, TP53 mutado ou BRCA alterado.
Esses dados indicam que a combinação de Durvalumabe com Olaparibe foi eficaz em aumentar o PFS para todos os subgrupos da população proficient, independentemente dos biomarcadores avaliados. Dra. Mariana conclui que, embora o estudo seja exploratório, ele oferece novas perspectivas sobre o tratamento de pacientes com câncer de endométrio avançado, destacando que, dentro de uma população heterogênea, a combinação de terapias pode proporcionar benefícios consistentes, independentemente das variações nos biomarcadores individuais.Parte superior do formulário
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Escrito por Oncologia Brasil
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