Restrição de açúcar nos primeiros 1000 dias de vida: Há associação com predisposição genética para o risco de obesidade na vida adulta?
Tawanne Vieira
1min
6 nov, 2024
No segundo dia do Congresso Obesity Week, foi abordado o impacto da restrição de exposição ao açúcar nos primeiros 1000 dias de vida, desde a fase intrauterina, em relação à obesidade adulta associada ao risco genético. Quer saber mais? Acesse e confira na íntegra.
Existe uma gama de estudos que explora a correlação da ingestão de açúcar com o risco de obesidade em adultos, mas o impacto da ingestão de açúcar na variação de resposta genética ainda não é bem estabelecido.
O trabalho apresentado na Sessão Oral no segundo dia do Congresso Obesity Week trouxe a análise retrospectiva dos dados do UK Biobank no período de 1953, pós fim do racionamento do consumo de açúcar, e buscou avaliar o impacto do açúcar no risco de desenvolvimento de obesidade na vida adulta, considerando a restrição de ingestão desde à fase intrauterina até os 2 anos de idade (1000 dias de vida). Os resultados apresentados demonstraram que a restrição de açúcar no início da vida beneficia principalmente indivíduos com maior risco genético de obesidade, com redução aproximada de 10% da diferença de obesidade entre o tercil inferior e superior de risco, sendo essa taxa ainda mais pronunciada no sexo masculino.
Os efeitos sobre o risco de obesidade foram identificados desde a fase intrauterina e se intensificaram com a continuação da dieta restrita em açúcar até os 2 anos de idade, sugerindo que a restrição de açúcar desde o início da vida pode reduzir os efeitos da predisposição genética à obesidade, principalmente em indivíduos com alto risco.
Essa análise demonstra a importância da consideração de fatores genéticos para a determinação de intervenções nutricionais precoces, resultando em um benefício na saúde metabólica.