Síndrome de Wolff-Parkinson-White: Quando o Ritmo Cardíaco Exige Atenção Especial

A Síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) é uma condição que pode causar taquiarritmias graves. Embora a morte súbita seja rara, o acompanhamento rigoroso e a estratificação de risco são essenciais para o prognóstico.

Med.IQ

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15 mai, 2025

A Síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) é uma condição cardíaca congênita, caracterizada pela presença de uma via acessória que altera a condução elétrica do coração, resultando em taquiarritmias graves. O padrão clássico no eletrocardiograma (ECG) inclui um intervalo PR curto, um QRS prolongado e uma onda delta. Essa anomalia pode levar a arritmias como taquicardia por reentrada atrioventricular (AVRT) e fibrilação atrial.  Estima-se que de 1 a 3 por 1.000 indivíduos, possui WPW sendo 40% dos adultos e 65% dos adolescentes são assintomáticos. A taquicardia paroxística supraventricular (TPSV) é a arritmia mais comum associada, podendo evoluir para fibrilação ventricular e morte súbita. O diagnóstico é feito por ECG, que revela intervalo PR curto, QRS alargado e onda delta, e, em alguns casos, pode ser necessário monitoramento contínuo ou estudo eletrofisiológico (EP). 


Pacientes assintomáticos de baixo risco não necessitam de tratamento imediato, mas devem ser acompanhados periodicamente. Já os pacientes com arritmias sintomáticas ou fatores de risco, como múltiplas vias acessórias ou histórico de fibrilação atrial, devem ser avaliados para possível ablação.   


A ablação por cateter é o tratamento de escolha para pacientes sintomáticos ou com alto risco de complicações, com uma taxa de sucesso superior a 90%. Para pacientes não candidatos à ablação, medicamentos antiarrítmicos como flecainida ou propafenona podem ser utilizados, com cautela, especialmente na presença de doença cardíaca estrutural. Em episódios de taquiarritmia aguda, a cardioversão elétrica é indicada para pacientes com instabilidade hemodinâmica, enquanto a adenosina é o tratamento recomendado para taquiarritmias de complexo estreito.  


O risco de morte súbita cardíaca (MSC) associada à WPW é baixo, mas pode ser aumentado em pacientes do sexo masculino, com menos de 35 anos, e histórico de fibrilação atrial. A incidência de MSC é mais comum em pacientes com condução anterógrada rápida e múltiplas vias acessórias. 


Embora a maioria dos pacientes seja assintomática e de baixo risco, o acompanhamento rigoroso e a estratificação de risco são essenciais. Com os avanços no tratamento, o prognóstico melhorou substancialmente, e a abordagem clínica deve ser personalizada conforme a apresentação clínica, o risco de arritmias graves e as preferências do paciente. 


Nota editorial: Este conteúdo foi desenvolvido com o apoio de tecnologias de inteligência artificial para otimização da redação e estruturação da informação. Todo o material foi cuidadosamente revisado, validado e complementado por especialistas humanos antes de sua publicação, garantindo a acurácia científica e a adequação às boas práticas editoriais. 

Doenças raras

Referências

  • Chhabra L, Goyal A, Benham MD. Wolff-Parkinson-White Syndrome. Last Update: August 7, 2023. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK554437/.
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Escrito por Med.IQ

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